MULHERES E SAPATOS: UM AMOR DE LONGA DATA

Que atire a primeira pedra quem nunca ficou com os olhos brilhando ao ver um belo par de sapatos na vitrine. Para inúmeras mulheres os sapatos são muito mais do que apenas um item de moda. São um verdadeiro objeto de desejo, que traz empoderamento, levanta a autoestima e mostra toda sua autenticidade. É inegável, que ao usar um salto alto a postura corporal muda: a silhueta fica inclinada para frente e com isso os seios ficam mais acentuados e o bumbum empinado. Com isso, as mulheres sentem-se mais empoderadas ao usar um salto alto .Algumas até colecionam sapatos e tem um espaço no closet só pra eles. Mas você sabia que esse amor não é de hoje? Ele vem de longa data. Olha só.

Por Lu Silva
24/03/2023 14h21


NO PASSADO




Sapato de Maria Antonieta leiloado em 2012 - (Foto: Divulgação)

Desde sua origem os sapatos transmitem nobreza.No Egito apenas mulheres nobres usavam calçados adornados com detalhes de pedrarias e ouro. Na Veneza do século XV só mulheres ricas usavam pisantes. O salto Luís XV foi batizado com o nome do monarca que se incomodava com sua altura de 1,60 e pediu para que um sapato alto fosse produzido. Com o passar do tempo ele passou a ser usado por mulheres da corte. Maria Antonieta, Rainha da França, era apaixonada pelos sapatos e tinha uma invejável coleção de pares. Os sapatos de salto alto eram tão elitizados que na Revolução Francesa, como forma de banir a aristocracia eles foram praticamente proibidos. Nessa época, apenas prostitutas de bordéis de luxo os usavam e por isso eram mais requisitadas.Aqui no Brasil junto da coroa portuguesa e D. João VI chegou também, uma valorização dos calçados.



NUM PASSADO NEM TÃO DISTANTE



765 pares de sapatos de Imelda Marcos, primeira-dama das Filipinas conservados no museu de Marikina. (Foto: Bullit Marquez/AP)

Imelda Marcos, primeira-dama das Filipinas entre 1965 e 1986 ficou muito conhecida por ter uma das maiores coleções de sapatos do mundo, com cerca de 3.000 pares. Em 1986 ao ser expulsa de seu país, cerca de  1.220  foram destruídos por cupins e inundações e 765 pares, incluindo marcas famosas como Gucci, Charles Jourdan, Christian Dior, Ferragamo, Chanel e Prada, se mantiveram conservados no museu de Marikina.



Foto: Reprodução Jornal The Sun

A americana Darlene Flynn não era da política nem da aristocracia mas tinha em comum com mulheres poderosas sua paixão por sapatos. Em 2006 ela contabilizada 7765 pares e em 2012 bateu seu próprio recorde com 16.400 itens segundo contou ao jornal “The Sun”. Conhecida como  “Shoe Lady”, a senhora dos sapatos, coleciona também móveis e objetos em formato de sapatos. Depois que se separou do marido em 2001 a sapatólatra começou a montar a invejável coleção. 




NOS DIAS ATUAIS 



Adriane Galisteu (Foto: Reprodução/YouTube)

Adriane Galisteu vista nas telinhas com seus looks sempre autênticos, em 2019 abriu as portas do seu closet para o programa ‘Desengaveta’, do GNT, onde revelou sua paixão por sapatos.  Fernanda Paes Leme, que apresentava o programa, chegou a contar 297 pares. Diante da contagem Galisteu comentou: “Não está tão absurdo pensando que a Claudia Raia tem 600” comparando com a coleção de outra atriz brasileira. Ainda completou: “Adoro vê-los assim [organizados] e nos meus pés”. 




Se você é uma apaixonada por sapatos, como nós, já deve ter sido comparada a uma centopeia para justificar ter tantos pares. Brincadeiras à parte, o sapato é muito mais que uma simples peça do look. Ele revela atitudes, preferências e status. Não esconda sua paixão e ao sair por aí com seus calçados da Di Santinni, poste uma foto com a hashtag #combineds  e faça parte do nosso time de influenciadoras.


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